Dra Juliana Mendonça

Doenças autoimunes: como identificar e conviver com essas condições crônicas

Você já ouviu falar em doenças autoimunes? Esse é um dos temas mais comuns nas conversas com meus pacientes. 

Muitas pessoas chegam com sintomas diversos e não imaginam que a origem possa estar no próprio sistema imunológico que, ao invés de proteger o corpo contra ameaças, está atacando tecidos saudáveis.

Parece estranho, mas isso é mais comum do que se imagina. Por isso, faz toda a diferença para quem lida com esse desafio no dia a dia, entender como essas doenças surgem, aprender a reconhecer os sinais e saber como viver bem com elas.

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O que são doenças autoimunes?

As doenças autoimunes acontecem quando o sistema imunológico — responsável por proteger nosso organismo contra vírus, bactérias e outras ameaças — passa a reconhecer partes saudáveis do próprio corpo como inimigas, atacando órgãos, tecidos ou células.

Existem diferentes tipos de doenças autoimunes, cada uma com características específicas. Algumas são mais conhecidas, como o lúpus, a artrite reumatoide, a psoríase, a esclerose múltipla, entre outras.

Ainda não existe uma causa única definida para o surgimento dessas doenças, mas sabe-se que fatores genéticos, alterações hormonais, infecções, estresse crônico e até o ambiente em que vivemos podem contribuir para seu desenvolvimento.

É importante lembrar que cada paciente é único. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para o controle dos sintomas e para uma boa qualidade de vida.


Quais doenças autoimunes mais comuns?

DoençaPrincipais SintomasFaixa Etária Mais ComumSexo Mais Acometido
Artrite ReumatoideDor, inchaço e rigidez nas articulações (principalmente mãos e punhos), fadiga30 a 60 anosFeminino
Lúpus Eritematoso SistêmicoFadiga, dor articular, queda de cabelo, lesões na pele, febre, sensibilidade solar15 a 45 anosFeminino
Psoríase Placas avermelhadas com escamas na pele20 a 50 anosAmbos os sexos
Doença CelíacaDiarreia, distensão abdominal, perda de peso, anemia, deficiência nutricionalCrianças e adultos jovensAmbos os sexos
Diabetes Tipo 1Sede excessiva, urina frequente, perda de peso rápida, fadigaInfância e adolescênciaLeve predominância masculina
Tireoidite de HashimotoCansaço, ganho de peso, pele seca, queda de cabelo, constipação, sensibilidade ao frio30 a 50 anosFeminino
Esclerose MúltiplaFormigamento, fraqueza, visão turva, falta de equilíbrio, fadiga intensa20 a 40 anosFeminino
Síndrome de SjögrenOlhos e boca secos, dor articular, fadiga, inchaço nas glândulas40 a 60 anosFeminino
VitiligoPerda de pigmentação em áreas da peleInício antes dos 30 anosAmbos os sexos

Uma das grandes dificuldades das doenças autoimunes é que os sintomas nem sempre são claros e podem variar muito, além de se apresentarem em crises que vêm e vão. 

Em geral, quanto mais cedo tivermos diagnóstico, maiores são as chances de controlar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida. Por isso é tão importante prestar atenção ao que o corpo está tentando dizer.


Como é o diagnóstico das doenças autoimunes?

O diagnóstico de uma doença autoimune exige atenção, escuta ativa e uma abordagem detalhada. O primeiro passo é compreender a história clínica do paciente e os sintomas relatados. A partir daí, podem ser solicitados exames complementares, como:

  • Exames de sangue para identificar anticorpos específicos;
  • Testes que avaliam níveis de inflamação no corpo;
  • Exames de imagem, como ultrassonografia ou ressonância magnética, quando há comprometimento de articulações ou órgãos;
  • Em alguns casos, biópsias de tecidos podem ser indicadas para confirmação.


Como muitos sintomas podem se confundir com os de outras doenças, uma investigação criteriosa é essencial para um diagnóstico preciso.


É possível viver bem com uma doença autoimune?

Sim, é possível! Embora sejam condições crônicas, com acompanhamento médico adequado e cuidados no dia a dia, muitas pessoas com doenças autoimunes levam uma vida ativa, produtiva e feliz.

Algumas atitudes podem fazer uma grande diferença no convívio com a doença:

  • Busque informação confiável: entender a sua condição ajuda a lidar com ela com mais segurança.
  • Adote um estilo de vida saudável: alimentação equilibrada, exercícios adaptados à sua realidade e técnicas de relaxamento, como yoga ou meditação, são grandes aliados.
  • Respeite os sinais do seu corpo: aprender a reconhecer seus limites é um gesto de cuidado com você mesmo.
  • Tenha uma rede de apoio: conversar com amigos, familiares ou participar de grupos de pacientes pode trazer acolhimento e motivação.
  • Mantenha o acompanhamento médico em dia: o tratamento pode incluir medicamentos, mudanças de hábitos e, principalmente, uma escuta atenta às suas necessidades.


Além dos cuidados clínicos, sempre reforço com meus pacientes a importância do apoio emocional. Ter um espaço onde se sintam compreendidos, respeitados e bem orientados faz toda a diferença no enfrentamento da doença.


Cuidar da sua saúde com atenção e empatia

Neste conteúdo, apresentei o que são as doenças autoimunes, quais as principais doenças e sintomas, como ocorre o diagnóstico e o que pode ser feito para manter o bem-estar mesmo após o diagnóstico.

Se você está buscando um atendimento humano, acolhedor e comprometido com o seu cuidado integral, estou à disposição. No consultório, priorizamos um acompanhamento que vá além dos sintomas — olhando para você como um todo, com respeito à sua história, à sua individualidade e às suas necessidades.

Entre em contato. Será um prazer caminhar ao seu lado, com escuta, empatia e compromisso com a sua saúde e qualidade de vida.

Dra Juliana Mendonca

Dra. Juliana Mendonça é médica clínica geral e se dedica ao cuidado integral da saúde, com foco no bem-estar e qualidade de vida dos pacientes. Atualmente está se especializando em Geriatria, onde poderá intensificar seus cuidados ao público 60+. Atende com total atenção e acolhimento, oferecendo orientações personalizadas para cada fase da vida. Para mais informações ou agendamentos, entre em contato pelo telefone (31) 99130-5460 ou pelo e-mail contato@clinicadrajulianamendonca.com.br

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