Você já parou para pensar na importância das vacinas para proteger não apenas as crianças, mas também os adultos?
Como médica, eu sei que muitas vezes bate aquela insegurança: “Será que meu filho está protegido contra todas as doenças que ele deveria?”.
Essa preocupação é bastante comum, e eu entendo o quanto pode ser desafiador acompanhar tantas datas e doses no calendário vacinal infantil.
Pensando em facilitar esse processo e trazer mais segurança para os pais, resolvi escrever este artigo.
Vou explicar de forma simples como funciona o calendário vacinal infantil, por que ele é essencial e como garantir que as vacinas do seu filho estejam sempre em dia. Vamos entender juntos a importância desse cuidado fundamental?

O que é o calendário vacinal infantil?
O calendário vacinal infantil é uma programação definida pelo Ministério da Saúde que orienta quais vacinas devem ser administradas em crianças, desde o nascimento até a adolescência.
A famosa caderneta de vacinação é elaborada com base em estudos científicos e determina as imunizações essenciais para proteger contra doenças infecciosas e potencialmente graves.
Cumprir esse calendário de forma rigorosa não só protege a criança individualmente, mas também contribui para a criação de uma imunidade de rebanho, dificultando a propagação de doenças.
Por que é importante manter o calendário vacinal infantil em dia?
Vacinas salvam vidas!
Elas preparam o sistema imunológico para reconhecer e combater agentes infecciosos sem que a criança precise enfrentar a doença.
Além disso, a vacinação evita complicações graves, hospitalizações e até mesmo óbitos decorrentes de doenças preveníveis.
Outro ponto importante é a proteção coletiva: quando muitas crianças estão vacinadas, o risco de surtos diminui, protegendo até mesmo aquelas que não podem receber determinadas vacinas por questões de saúde.
Calendário vacinal infantil: principais vacinas e idades
O calendário vacinal infantil é dividido por faixas etárias e contém vacinas que protegem contra diversas doenças. Confira as principais vacinas recomendadas:
Ao Nascer:
- BCG (tuberculose): Protege contra formas graves de tuberculose.
- Hepatite B (primeira dose): Primeira dose para prevenção da hepatite B.
2 Meses:
- Pentavalente: Protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae tipo b.
- Vacina Inativada contra Poliomielite (VIP): Previne poliomielite.
- Rotavírus: Protege contra diarreias graves causadas pelo rotavírus.
- Pneumocócica 10-valente: Previne doenças como pneumonia, otite, meningite e outras infecções graves causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae.
- Meningocócica C (primeira dose): Previne meningite causada pelo Neisseria meningitidis do sorogrupo C.
4 meses:
- Dose de reforço das vacinas administradas aos 2 meses (Pentavalente, VIP, Pneumocócica 10-valente e meningocócica c).
6 meses:
- Nova dose de reforço da Pentavalente e da VIP.
- Influenza (Vacina contra a Gripe): A partir dos 6 meses, começa a ser administrada anualmente, sempre no período recomendado pelo Ministério da Saúde.
9 meses:
- Febre amarela: Dose única em áreas de recomendação.
12 meses:
- Tríplice Viral (SCR): Protege contra sarampo, caxumba e rubéola.
- Meningocócica C: Reforço da vacina contra meningite meningocócica C.
- Pneumocócica 10-valente (reforço): Reforço contra pneumonia e meningite.
15 Meses:
- DTP (Difteria, Tétano e Coqueluche): Reforço da vacina que protege contra essas doenças.
- Meningocócica C (reforço): Terceira dose da vacina.
- Hepatite A (primeira dose): Protege contra a hepatite A. Esta vacina é recomendada a partir de 1 ano.
4 anos:
- DTP (tríplice bacteriana): Reforço.
- Poliomielite oral (VOP): Reforço da poliomielite.
9 Anos:
- HPV (Papilomavírus Humano): A vacina contra o HPV é recomendada para meninas e meninos aos 9 anos de idade, com uma segunda dose aos 11 anos.
Considerações Importantes:
- Vacinação Contra a Gripe (Influenza): A vacina contra a gripe deve ser tomada anualmente e está disponível para crianças a partir dos 6 meses de idade, com doses repetidas a cada ano durante a campanha nacional de vacinação.
- Doses de Reforço: Algumas vacinas exigem reforços ao longo dos anos, especialmente as relacionadas ao sarampo, rubéola, difteria e tétano.
O que fazer em caso de atraso no calendário vacinal?
É normal que surjam dúvidas sobre o que fazer caso uma vacina não tenha sido administrada na data recomendada.
A boa notícia é que, mesmo em caso de atraso, é possível regularizar o calendário vacinal infantil.
Acompanhe o desenvolvimento do seu filho com consultas regulares ou procure uma unidade de saúde para avaliar quais doses estão pendentes.
O profissional de saúde irá orientar sobre a melhor maneira de colocar as vacinas em dia, sem prejuízo para a proteção da criança.
Dicas para manter as vacinas em dia
- Tenha uma caderneta de vacinação: anote todas as doses administradas e as próximas vacinas que serão aplicadas.
- Defina lembretes: marque as datas em algum calendário.
- Fique atento às campanhas de vacinação: o Ministério da Saúde frequentemente organiza mutirões para facilitar o acesso às vacinas.
- Acompanhe a saúde com check-ups regulares: médico pode reforçar a importância de cada vacina e esclarecer dúvidas.
Sou Dra Juliana Mendonça e estou à sua disposição para cuidar da saúde
Proteger a saúde das crianças é uma responsabilidade compartilhada entre famílias, profissionais de saúde e a sociedade como um todo.
Manter o calendário vacinal infantil atualizado é uma das maneiras mais eficazes de prevenir doenças e garantir um futuro saudável para todos.
Se você tem dúvidas sobre o calendário vacinal ou quer saber mais sobre como proteger seu filho, entre em contato comigo.
Vamos juntos cuidar do que mais importa: a saúde das nossas crianças e o futuro de um país com mais saúde.