A tireoidite de Hashimoto é uma condição que acontece quando o próprio corpo começa a atacar a tireoide, uma glândula essencial para o equilíbrio de várias funções no organismo.
Muita gente nem imagina que tem, porque os sintomas costumam aparecer aos poucos e podem ser confundidos com cansaço ou estresse.
Esse problema atinge principalmente mulheres. Portanto, entender o motivo pode ajudar não só no diagnóstico, mas também no tratamento e no cuidado com a saúde a longo prazo. Vamos conversar sobre isso de forma simples?
Tireoidite de Hashimoto: como ela age no corpo?
A tireoidite de Hashimoto é uma doença autoimune. Isso significa que o sistema imunológico, que deveria nos proteger, passa a ver a tireoide como uma ameaça e começa a atacá-la.
Então, esse ataque constante gera inflamação e faz com que a tireoide trabalhe menos do que deveria com o tempo.
O resultado é o hipotireoidismo, uma condição que desacelera várias funções do corpo. Os sintomas mais comuns incluem, por exemplo:
- Cansaço mesmo após uma boa noite de sono;
- Ganho de peso sem exageros na alimentação;
- Queda de cabelo;
- Sensação de frio constante;
- Intestino mais preso;
- Alterações de humor, como ansiedade e tristeza;
- Ciclos menstruais desregulados,
- Dificuldade para engravidar.
Mas esses sinais não aparecem todos de uma vez, o que dificulta o diagnóstico. Por isso, exames de sangue que avaliem os hormônios da tireoide e a presença de anticorpos são fundamentais.
Por que essa condição afeta mais mulheres?
Essa é uma pergunta muito comum. A verdade é que as doenças autoimunes, de forma geral, são mais frequentes em mulheres. Com a tireoidite de Hashimoto não é diferente.
Alguns fatores explicam isso. Por exemplo:
- Os hormônios femininos têm um papel importante
O estrogênio, por exemplo, influencia bastante o sistema imunológico. Em momentos de oscilação hormonal, como puberdade, gravidez e menopausa, é comum que a doença apareça ou fique mais evidente.
- A genética também pesa
Quem tem histórico familiar de doenças autoimunes têm maior chance de desenvolver Hashimoto.
- O sistema imunológico feminino é mais ativo
Isso é ótimo para combater vírus e bactérias, mas aumenta o risco de o corpo acabar se confundindo e atacando células saudáveis.
E o tratamento, como funciona?
A boa notícia é que é possível controlar a tireoidite de Hashimoto, mesmo que ainda não haja cura. O tratamento geralmente envolve a reposição do hormônio que a tireóide deixa de produzir por meio de um medicamento.
Mas cuidar de Hashimoto não é só tomar o medicamento. É preciso olhar para o corpo como um todo e adotar alguns hábitos que fazem diferença. Por exemplo:
- Comer melhor: investir em alimentos naturais e evitar os ultraprocessados;
- Praticar atividade física regularmente;
- Dormir bem;
- Gerenciar o estresse;
- Verificar carências nutricionais (como vitamina D, selênio e zinco),
- Evitar glúten em alguns casos — especialmente quando há sensibilidade.
Cada pessoa reage de um jeito. Por isso, o ideal é montar um plano personalizado com orientação médica.
Hashimoto tem cura?
Essa é uma dúvida frequente e a resposta direta é: não, Hashimoto não tem cura. Mas isso não quer dizer que você vai viver com sintomas para sempre.
Com acompanhamento adequado e mudanças no estilo de vida, dá para ter energia, disposição e bem-estar.
Afinal, o segredo está em conhecer o seu corpo, acompanhar a evolução da condição e fazer escolhas que respeitem sua saúde como um todo.
Tireoidite de Hashimoto: vamos cuidar da sua tireoide com leveza e atenção?
Se você já recebeu o diagnóstico de tireoidite de Hashimoto ou está desconfiando de alguns sinais no seu corpo, não precisa passar por isso sozinha. Com o cuidado certo, tudo pode melhorar muito.
Sou a Dra. Juliana Mendonça, médica clínica geral e estou aqui para te ouvir, entender o seu momento e montar, junto com você, um plano de cuidado que faça sentido na sua rotina.
Vamos conversar? Agende sua consulta e vamos cuidar da sua saúde com carinho e consciência!